quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estudos afro-braisleiros- Lei n° 10639/2003


Título: Diversidade étnico-racial e religiosa no Brasil.

Objetivos:

Conhecer a valorizar a diversidade do patrimônio sóciocultural, para posicionar-se contra qualquer discriminação baseadas em diferenças étnica e cultural.

Identificar as diferenças físicas de cada um para desenvolver o conhecimento de si mesmo, dos outros e o sentimento de confiança.

Conhecer alguns símbolos religiosos das religiões de matriz africana para compreender seus significados e respeitá-los.

Utilizar as diferentes linguagens, verbal, matemática, gráfica, plastica e corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias.
Eixo temático - Ethos, símbolos e reitos.
Tempo: 3 a 4 aulas.
Recursos didáticos: mapas, papel pardo, video, canetinhas, textos, livro didático,
Áreas envolvidas: história e geografia, ciências naturais, lingua portuguesa, arte, pluralidadecultural.

Fundamentação:
A criança das séries iniciais está sainda do estágio pré-operatório, segundo Piaget, onde seu pensamento era centrado em si mesmo (egocentrismo) e passando para o estágio das operações concretas, ou seja, ela para apoiar seu pensamento necessita manipular, observar objetos concretos em seus estudos, ao perceber as diferenças pode classificá-las a partir de suas características.
É neste período de alfabetização que o pensamento lógico, objetivo, está aberto para a moralidade. Incluir na sua aprendizagem escolar o conhecimento de si, a formação de atitudes e valores que fortaleçam os vínculos de família, laços de solidariedade humana e respeito a diversidade cultural em suas vivências é essencial para o exercício da cidadania.
Desenvolvimento:
1ª Aula:
Iniciar a aula cantando a música "Como vai, companheiro, como vai?" trocando cumprimentos e abraços com os colegas.
Após o ajudante faz a chamada e indica como está o tempo.
"Como vai, companheiro, como vai?
A nossa amizade nos atrai, faremos o possível
para sermos bons amigos.
Como vai, companheiro, como vai?"
Após solicita que cinco alunos e alunas venham para a frente e todos observam as suas diferenças nos aspectos físicos, verbalizando-as. Todos somos nome da cidade, rio-grandenses e brasileiros.
Na sequencia faz o seguinte questionamento: Mas afinal como é a cara do povo brasileiro?
As crianças recortam de revistas, jornais, fotos de pessoas e colem em cartaz de papel pardo com o contorno do mapa do Brasil, previamente desenhado pela professora. Ao término da atividade, a professora faz observações sobre as imagens e suas características diversas. A seguir é escolhido um título para o cartaz.
Individualmente leram o texto de apoio:
A formação do povo brasileiro - Ranier de Souza
A população brasileira é bastante miscigenada. Isso ocorreu em razão da mistura de diversos grupos humanos que aconteceu no país. São inúmeras as raças que favoreceram a formação do povo brasileiro.
Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos.
Povos indígenas: antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por povos nativos, neste caso, os índios. Existem diversos grupos indígenas no país, dentre os principais estão: Karajá, Bororo, Kaigang e Yanomani. No passado, a população dos mesmos era de quase 2 milhões de índios.
Tempos depois, graças ao interesse primordial de se instalar a empresa açucareira, uma grande leva de africanos foi expropriada de suas terras para viverem na condição de escravos. Chegando a um lugar distante de suas referências culturais e familiares, tendo em vista que os mercadores separavam os parentes, os negros tiveram que reelaborar o seu meio de ver o mundo com as sobras daquilo que restava de sua terra natal.
Povos africanos: grupo humano que sofreu uma migração involuntária, pois foram capturados e trazidos para o Brasil, especialmente entre os séculos XVI e XIX, de Moçambique, Angola e Nigéria. Nesse período, desembarcaram no Brasil milhões de negros africanos, que vieram para o trabalho escravo. Os escravos trabalharam especialmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café.
Imigrantes europeus e asiáticos: os primeiros europeus a chegar ao Brasil foram os portugueses. Mais tarde, por volta do século XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada de um grande número de imigrantes europeus e também asiáticos. Na primeira metade do século XX, pelo menos 4 milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil. Dentre os principais grupos humanos europeus, destacam-se: portugueses, espanhóis, italianos e alemães. Em relação aos povos asiáticos, podemos destacar japoneses, sírios e libaneses. Tendo em vista essa diversidade de raças, culturas e etnias, o resultado só poderia ser uma miscigenação, a qual promoveu uma grande riqueza cultural. Por esse motivo, encontramos inúmeras manifestações culturais, costumes, pratos típicos, entre outros aspectos.
Uma ampla formação de outras culturas que marcaram a regionalização de tantos espaços. Os citadinos das grandes metrópoles do litoral, os caipiras do interior, os caboclos das regiões áridas do Nordeste, os ribeirinhos da Amazônia, a região de Cerrado e os pampas gaúchos são apenas alguns dos exemplos que escapam da cegueira restritiva das generalizações.

Os resultados do DNAmt foram mais uniformes: 33% de linhagens ameríndias, 28% de africanas e 39% de européias. As variações regionais são consideráveis: no Sul, 66% dos haplótipos são europeus (reflexo da imigração da Europa para a região nos séculos 19 e 20); no Norte, onde a presença indígena é elevada, 54% das linhagens maternas são ameríndias; no Nordeste, 44% das linhagens são africanas. Os resultados revelam o padrão de reprodução do brasileiro e confirmam dados históricos sobre o povoamento do país após o descobrimento. Os primeiros imigrantes portugueses não trouxeram suas mulheres e iniciaram a miscigenação com índias e, a partir da segunda metade do século 16, com escravas africanas. O processo gerou um povo que, apesar da linhagem materna ameríndia ou africana e da linhagem paterna européia, ainda não vive em uma ‘democracia racial’. Fonte: Brasil escola - Ciencia Hoje.
Com a utilização do mapa mundi localizar de onde vieram as diversas etnias que fomaram o povo brasileiro.

2ª Aula:
Recordar a aula anterior e escrever no quadro: NO BRASIL SOMOS UM POVO MESTIÇO.
Ler com os alunos a frase e procurar no dicionário o significado da palavra Mestilço.
Do cruzamento de brancos, negros e índios do Brasil, resultaram tipos diferentes, tanto físico, quanto cultural e socialmente. MULATO - cruzamento entre o branco e o negro. CABLOCO ou MAMELUCO - resultado entre o cruzamento do branco com o índio. CAFUZO- resultado do cruzamento entre o negro e o índio. Comentários.
Jogo da memória com as três cartas: uma com um branco; outra com um índio; outra com um negro. Um trio para cada participante. As cartas viradas para baixo. Conforme vão levantando identificam a mistura. Quem acerta o tipo resultante ganha o par. Só não leva se a etnia for a mesma.
Após falar da miscegenação, vamos falar da cultura negra no Brasil.
Depois de cinco séculos de convivência, as culturas negra africanma já faz parte da nossa identidade de brasileiros. De Norte a Sul, percebe-se sua influência rica e criativa.
Destacaremos as duas crenças religiosas mais importantes da cultura negra , que é o candomblé e da umbanda, para serem estudadas, além da culinária, danças e personalidades negras no Brasil. Encaminhar o trabalho para quatro grupos de estudo.
Um grupo pesquisa sobre o candomblé; Outro grupo sobre a umbanda; outro as personalidades negras e suas atuações; outro grupo sobre a culinária, dança, música da cultura afro.


a)A pesquisa sobre o candomblé e umbanda deve buscar sua origem, crenças, ritos, símbolos, lugar de oração, orações, festas. Importancia do sincretismo.

b)Biografia das personalidades negras e suas áreas de atuação.

c) Lugar de origem da receita, ingredientes, passos da dança e da música, compositores, letra e música para audição, clips.


3ª aula: Grupos de estudo: pesquisa e preparação de materiais para apresentação dos temas.


4ª aula: Grupos de estudo: socialização das pesquisas.


Avaliação: Ideias apresentadas, seleção das fontes, qualidade dos recursos, diálogo, formulação de desafios, perguntas e respostas, vocabulário, produções escritas e orais, organização e interação no grupo de estudos.

Fonte: GPER







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