A TEIA DA VIDA

O QUE FAVORECE A VIDA?
A partir desta pergunta construir um cartaz com as palavras e imagens que os alunos e alunas escolheram para expressar sua resposta. Atividade realizada em duplas ou trios.
Vamos aprender que:
Os seres humanos, o meio ambiente, os seres vivos e as nações são dependentes e conectados.
Agredindo o ambiente, direta ou indiretamente agredimos a nós mesmo.
A Terra tem uma função a cumprir: permitir a vida e a evolução das espécies e dos indivíduos. A Terra é um ser vivo e como tal deve ser respeitado e amado.
1ª Etapa:
Uma maneira muito útil de entender o mundo consiste em perceber que ele é composto por sistemas organizados. Mas o que é um sistema?

• Um sistema é um conjunto de dois ou mais elementos organizados (subsistemas) que interagem em função de um objetivo comum.


• Um sistema consiste em três tipos de coisas: elementos, interconexões e um objetivo.

Uma escola é um sistema, assim como uma máquina, uma árvore, uma célula. O nosso Planeta Terra também é um grande sistema vivo.

Uma ávore é um sistema, contido em um ecossitema maior, que é a floresta, dentro de um maior que é a Terra, dentro de sistemas maiores, que são o sistema solar, a galáxia e o universo.

Nosso corpo é um sistema formado por subsistemas; respiratório, por exemplo, é um deles, composto por órgãos como os pulmões, tecidos, células, organelas celulares.

Pensar em termos de sistemas é o que se chama de pensamento sistêmico. É muito útil para compreender e resolver problemas sociais e ambientais. Porém para compreender e estudar a relaidade, a ciência moderna começou a dividir os objetos de estudo em partes cada vez menores. Usamos o pensamento analítico, que tudo divide e separa. Isso oportunizou a cura de diversas doenças e o código genético. Através dele se projetaram os grandes artefatos da nossa tecnologia.

Através do pensamento analítico, ao estudar uma flor, os cientistas a dividem em partes cada vez menores. Contudo, aofragmentála em seus componentes, como suas pétalas, células, moléculas e átomos, muitas vezes perdemos a compreensão de sua totalidade e de tudo o que a flor significa: sua beleza, perfume, valor ecológico e assim por diante.

A interligação dos conhecimentos poderá compor um quadro mais detalhado de como o planeta funciona, entender melhor a sua complexidade e as interações entre os sistemas culturais e econômicos aos quais pertencemos.

Começando a dar mais atenção à teia da vida, ampliamos horizontes, temos uma visão da totalidade e passamos a assumir mais responsabilidade sobre nossos atos no planeta Terra. A mesmo interdependência que opera natureza opera nos sistemas mundiais, comerciais e políticos. Liga povos, lugares e culturas.

Uma das ciências mães do pensamento sistêmico é a ecologia. A palavra "ecologia" deriva do grego oikos, que significa casa, e de logos, que significa estudo. Ecologia é o estudo da casa, sua organização, interdependências, seu sistema.

Podemos contar uma história que caracteriza a teia da vida.

Material: Folhas de sulfite em branco e fita adesiva. Novelo de lã ou barbante.

Necessita-se de sete participantes. Cada um vai representar um elemento da história abaixo ( o hipopótamo, a lama, o caramujo, o ser humano, as algas, os crustáceos, peixes). Cada participante coloca um pequeno cartaz em seu peito (o que pode ser feito utilizando-se folha de sulfite e fita adesiva) com o nome de cada elemento da história (um representará o hipopótamo; outro o caramujo, e assim por diante. Ler o texto abaixo e, com um fio, interligar os personagens da história, formando visivelmente uma teia, na qual podem ser vistas claramente as interconexões entre os seus elementos, as quais fazem parte de todos os sistemas vivos.

O extermínio do hipopótamo em certas regiões da África do Sul, com a finalidade de facilitar a navegação nos rios, é um ótimo exemplo das complexas relações que uma espécie mantém com todo o seu ecossistema. Sem conhecer a teia da vida, a morte dos hipopótamos acabou desencadeando a proliferação da esquitossomose e a falta de recursos alimentares para a população local.

O ser humano exterminou os hipopótamos, ao caminharem no fundo do rio,...agitavam a lama depositada, facilitandoa circulação da água. Com o seu desaparecimento, os rios "entupiram, alagando as regiões ao seu redor.

Com isso, o caramujo transmissor da esquistossomose (barriga dágua), que vive em águas paradas, encontrou boas condições de desenvolvimento...

e a doença se espalhou pela região, contaminando o ser humano.

Mais ainda: descobriu-se depois que as fezes do hipopótamo funcionavam como adubo que estimulava o desenvolvimento de algas no fundo do rio.

Essas algas serviam de alimento para pequenos crustáceos (bichinhos semelhantes a um camarão) que, por sua vez,... eram comidos pelos peixes.

Sem o hipopótamo, a população de peixes diminuiu, e os seres humanos deixaram de comer carne de peixe e começaram a passar fome.

Depois de formada a teia, comentar sobre os elos de dependência que existem entre os elementos. Nossas ações podem ter consequências em um sistema maior.

Em grupos os alunos buscam outros exemplos de teia da vida, como mata ciliar, água, borboletas, abelhas, minhocas...

Fonte: Jornada de Amor a Terra - Ética e educação em valores universais- Laura G. Roizman e Elci Ferreira. Palas Athena Editora

Por que ler os textos sagrados das religiões?

Um rápido olhar para o mundo ao redor mostra que a religião desempenha um papel significativo na vida social e política de muitas nações.

Um conhecimento religioso aprofundado é útil num mundo cada vez mais multicultural. O estudo dos textos sagrados das religiões pode ser importante para o desenvolvimento pessoal do indivíduo. As religiões podem responder a perguntas que o homem vem fazendo desde tempos imemoriais.

O respeito pela vida religiosa dos outros, por suas opiniões e seus pontos de vista, é um pré-requisito para a coexistência humana. Não precisamos concordar e nem aceitar tudo como igualmente correto, um bom parâmetro é que estes princípios não violem os direitos humanos.

A religião nunca é vinculada apenas a reflexão intelectual. Ela envolve igualmente as emoções, que são essenciais na vida humana, quanto o intelecto e o pensamento. A música, o canto e a dança apelam para as emoções, na maioria das religiões os fiéis usam esses meios para extravasarem a tristeza, a alegria e o louvor ao seu Deus.

Como ler os textos sagrados nas aulas de ensino religioso?

Para os islâmicos entre agosto e setembro é o mês do Ramadan, quando foi revelado o Alcorão, para Maomé. Este livro sagrado deve ser lido e recitado durante este período e toda a sua vida.

Ramadan é um tempo especial para que os muçulmanos se unam em comunidade, é um tempo para oração, caridade, paciência e sacrifício. O jejum durante o dia é recomendado, mas não para enfermos. O Mês do Ramadan oferece uma oportunidade especial para reviver, renovar e revigorar a fé. Em 2010 ocorre entre 11 de agosto a 09 de setembro.

Para os cristãos em setembro é comemorado o mês da bíblia, o livro da palavra de Deus, pode ser um bom momento para abordar os escritos sagrados do cristianismo.

O surgimento do texto sagrado é muito significativo. "A bíblia também chamada de Sagradas escrituras, foi escrita em tempos diferentes e por vários autores, que por inspiração do Espírito santo, nos transmitiram as mensagens religiosas que Deus dirigiu ao seu povo. A Bíblia se divide em duas partes: O Antigo e o Novo Testamento. A palavra Testamento tem como significado "aliança ou compromisso de Deus com o seu povo"."

Lendo a Bíblia, descobrimos que as mensagens de Deus se dirigem aos que nela creem e podem influenciar seu modo de ser, pensar e agir.

Por onde começar?

Sugestão de trabalho com os textos sagrados do cristianismo, já nas séries iniciais.

A partir de um passeio com as crianças, podemos começar nos perguntando: Olhando ao nosso redor e admirando tudo que vemos, como surgiram? Alguém tem uma resposta? Como tudo começou? Qual é a origem de tudo?

Como é a história das coisas, dos seres vivos?

A partir daí contar a história bíblica da Origem do mundo e da humanidade.

CRIAÇÃO ( Gn 1, 1-31; 2,1-4a

A turma 31 A planejou a uma situação de aprendizagem sobre o tema, que tem os seguintes propósitos:

Dentre as muitas possibilidades de abordagem deste tema, enveredaram pela dinamização do dia a dia da criação, pois permitem a aprendizagem de prática de leituras e escrita relacionadas as multiplas linguagens além de que se leia para produzir algo, e também, relacionar com a nossa vida, um dos importantes propósitos sociais de leitura.

1ª Etapa: Todos sentados em círculo. Iniciar a contação da história:

A história que contaremos agora aconteceu a muito, muito tempo atrás, e através dela podemos aprender como o homem foi criado. Vamos fazer uma viagem inesquecível, para tanto precisamos colocar uma venda nos olhos.

Imaginem-se ingressando numa nave que vai nos levar para o passado, passando por muitos acontecimentos, nascimento dos pais, avós, nascimento de Cristo, dos dinossauros, nascimento do sol, do vento, até que não vemos mais nada, só sentimos uma tranquilidade, paz, só a presença de Deus, nosso grande Pai e Criador. Aí começa a história da criação do universo, da terra e de todos os seres vivos. Tudo isso aconteceu em seis dias.

No primeiro dia Deus criou a LUZ e a chamou de dia e a escuridão de noite. Podem tirar a venda e sintam a luz. Como é bom ter luz? Deus também admirou a sua obra e viu que era muito bom. Quais os momentos de escuridão em nossa vida? E os de luz? Vamos pensar...

No segundo dia Deus criou o céu e as águas.

No terceiro dia Deus criou a terra e o mar. A porção seca dos continentes, as montanhas, relva, ervas que produzam sementes, flores, árvores que dão fruto com a semente, cada uma segundo a sua espécie. E Deus viu que eram muito bom. Os alunos formam grupos e escrevem as palavras: flores, ávores, ervas, montanhas, semente, fazem um desenho ao redor e vão para o pátio identificar as coisas criadas.

No quarto dia Deus criou os luzeiros no céu, para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos e iluminar a terra. O luzeiro maior o SOL, para iluminar o dia, o luzeiro menor a LUA, para iluminar a noite e as estrelas. Deus viu que era muito bom. Vamos procurar os luzeiros que estão escondidos em nossa sala de aula e colocá-los no mural da criação.

No quinto dia Deus disse: que as águas fiquem cheias de seres vivos e os pássaros voem sobre a terra e sob o céu. Deus os abençoou e disse: sejam fecundos, multipliquem-se e encham as águas e a terra. Deus viu que era muito bom. Vamos fazer dobraduras de animais aquáticos, que conhecemos para colocar no mural da criação.
Em círculo sentados no chão, os alunos em pares se observam, tocando no rosto, nas mãos, conversam sobre a beleza de cada um, falam do mais gostam em si. Depois socializam com os colegas, apresentando as características um do outros. Se concordam que a criação é toda muito boa.
No sexto-dia Deus criou animais domésticos, répteis e feras, cada um conforme a sua espécie. Deus criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança, os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e cuidem da criação. E Deus viu tudo o que tinha feito, e tudo era muito bom.

No sétimo dia Deus descansou do seu trabalho de criação. Relacionar com o seu dia de descanso, da aula, dos trabalhos. O que fazem no seu dia de descanso, se frequentam a sua igreja, como descansam. Fontes: Texto do CLJ - Bíblia Sagrada-Ed. Pastoral - Livro das Religiões

Nosso objetivo maior é educar para a observação e reflexão do pluralismo religioso existente em nossa realidade, as bases humanas do ato de crer nos sagrados.

Próximo tema: A teia da Vida.