quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Natal, festa cristã.

Um bom início poderá ser ler poesias, elas sempre trazem váriadas visões sobre o tema. Algumas sugestões:
É preciso entrar na gruta
É preciso entrar na gruta

Nas ruas de Belém
Procura abrigo
Portas se fecham
Abrigo não tem
Maria cansada
Sem rumo caminha
Na gruta escura
Ali dá a luz
Acolhe nos braços
Seu filho Jesus

É natal e tempo de graça
Canto de paz e alegria
Mãos que louvam
Ao badalar dos sinos
Luzes flutuantes
Colorindo as praças
Voz que clama
Mãos que imploram
Mesas fartas
Ofertam migalhas
Dando o que sobram

É preciso entrar na gruta
Escutar os gemidos da mãe
Nas filas dos hospitais
Que simplesmente alguém lhe diz
Que ali não há lugar para ela dar a luz

É preciso ir até a gruta
Ouvir o choro do menino com frio
Ouvir os clamores da mãe
Que aquece o filho nos braços
Enrolado em trapos

É preciso ir até a gruta
Escutar o choro do menino com fome
E ouvir os clamores da mãe
Que acalenta o filho nos seios mirrados
Doando a última gota de leite.

É preciso entrar na gruta
Pra ouvir o choro do menino.
E escutar os soluços da mãe
Que vê o filho morrendo
Consumido pelas drogas

É preciso entrar na gruta
Das periferias e favelas
E ouvir o choro do menino
Escutar os clamores silenciosos
Da mãe em meio à escuridão
Que protege o filho
Das garras dos Herodes
Que ainda procuram matá-lo

É preciso entrar na gruta
E acender a chama da esperança
Hoje nasceu mais um menino
Hoje nasceu Jesus
Que já não precisa do nosso incenso
Nem mirra nem tão pouco nosso ouro
Que em nós o novo se faça
Que nossas mãos não se cansem
A nossa voz não se cale
Igualdade justiça e paz.
Maria da Conceição do Amparo Alves

Prece de Natal
Senhor!
Tantas luzes de ambição
desamor e indiferença
brilham nos olhos meus!
- Onde está a Estrela Guia?

Senhor!
Tanto luxo e cobiça
expõem-me as vitrines da vida
tanta oferta de berço de ouro...
- Onde está a manjedoura com palha?

Senhor!
Tantos magros vassalos
presenteando-me com mãos sujas
lamas com brilhantes...
- Onde estão: Gaspar, Baltazar e Melquior?

Glórias à multidão violenta
que faz parte de todos os meus eus!
- Onde estão os homens de boa vontade?

Nos meus eus compelidos, perdidos
divididos num conflito
de mim mesma mais serena?
de mim mesma mais pessoa?
de mim mesma mais cristã?

Senhor!
Na esperança de nasceres mais uma vez
faze-me ouvir minha voz
em união a um coro de anjos:
- Tu és Caminho, Verdade e Vida!
Ione Jaeger

Minha árvore de Natal

Este ano com calma e paciência,
Vou armar minha Árvore de Natal.
A Jesus a Razão da minha festa,
Já orei pra que desse o sinal.

Como base sólida vou usar,
O amor de Deus que é infinito,
Os enfeites serão muito diferentes,
Pra tornar meu projeto mais bonito.

Como luzes, usarei a luz do sol,
Pois cintila muito forte sobre o dia,
Tem também o lindo clarão da lua,
Que à noite seus reflexos irradia.

Nesta Árvore com afinco vou colar,
Carinho, amizade e compaixão,
Caridade, afeto e humildade,
Como estrela, botarei meu coração.

Justiça social e igualdade,
Muita fé, orações e um amém,
Mesa farta pão e vinho para todos,
Essencialmente para aqueles que não têm.

Felicidade, sorriso e mil abraços,
Fraternos cheios de toda harmonia,
Mãos atadas pelos laços da irmandade,
Tudo mais que nos traga a alegria.

Lá no cume da Árvore vou usar,
Uma imagem do meu Menino Jesus,
Em Seu Berço humilde onde nasceu,
Pra na Árvore irradiar Sua Luz.

Algodão retirado lá das nuvens,
Pisca-pisca de estrelas, mais de mil,
Muitas cores transportadas lá do céu,
Entre outras, muito azul da cor de anil.

Terminei a minha Árvore ilusória,
Rendo Graças a Deus com humildade,
Ergo os olhos pro céu e peço firme:
Ó Jesus torne a Árvore de verdade.

Por fim, grito forte aos quatro cantos,
Desejando de maneira original,
Parabéns, Ó Jesus por mais um ano,
Para todos os irmãos: FELIZ NATAL!
Vicente Alencar Ribeiro

Quando penso o Natal
QUANDO PENSO O NATAL
imagino o menino Jesus nascendo
na mente e no coração dos homens
iniciando uma grande mudança.

QUANDO VEJO O NATAL
volto para dentro de mim mesmo
me silencio e começo a contemplá-lo
como instrumento de transformação.

QUANDO RESPIRO O NATAL
sinto o desejo de expandi-lo,
de fazer com que todos,
homens e mulheres,
sejam dignos de saboreá-lo.

QUANDO VIVO O NATAL
começo a caminhar,
a olhar os horizontes da vida,
a unir todos num único caminho: A Felicidade!

QUANDO TRANSMITO O NATAL
tomo consciência de minha existência,
amplio a vontade de servir,
busco o meu bem maior
que está fundamentado no bem do outro.
O bem cotidiano é o segredo do espírito
N A T A L I N O!
José Damião Limeira